Nosso corpo possui um sistema muito inteligente de traduzir o que estamos experimentando, esse sistema é chamado de corpo emocional. O entendimento desse sistema é sobre a habilidade de reconhecer e compreender como nosso organismo reage a cada experiência vivida. Por exemplo, se estou numa situação de perigo, as glândulas supra renais disparam hormônios de medo e me fazem entender que devo me proteger. Quando defino que a situação é segura, esses hormônios são neutralizados. Dessa forma acontece com cada glândula do nosso corpo. Esse sistema permite sentir, analisar, refletir e agir de forma coerente e segura.
Para fazer escolhas mais conscientes e gerenciar nossas emoções é preciso se auto conhecer, saber como reagir diante de situações novas e inesperadas, situações de perda e de ganho, e ir definindo padrões internos de qual a melhor maneira de conviver de forma equilibrada. Por isso, quando somos crianças precisamos experimentar ouvir o “não”, conhecer o sabor das frustrações e limitações da vida.
Essa maneira de agir emocionalmente foi chamada de inteligência emocional. É fundamental desenvolver a inteligência emocional e ter clareza do que se passa em nosso mundo interno (emocional), para poder compreender diversas situações e gatilhos emocionais na nossa vida por meio de nossos sentimentos.
As emoções mostram o que está acontecendo em nosso interior, no nosso íntimo, como estamos maduros emocionalmente para enfrentar determinada situação. Ao tomar consciência disso, fica mais fácil manter o equilíbrio emocional. É verdade que ter consciência das nossas emoções e gerenciar de forma saudável as experiências desconfortáveis ou dolorosas não é uma tarefa fácil, principalmente quando tentamos fazer isso sozinhos.
A emoção em uma determinada situação está relacionada com algo muito mais amplo e profundo do que a situação em si, as emoções também estão conectadas com a nossa maneira de encarar e ver a vida. Na verdade, as emoções que experimentamos em determinada situação estão associadas às experiências passadas que vivenciamos ao longo da nossa vida, desde a infância até a vida adulta, bem como ao contexto sociocultural em que fomos criados e educados.
Embora possa parecer difícil estar ciente e saber como lidar com nossas emoções, experimente observá-las ao longo do dia e entender o que desencadeou uma emoção específica. O que aconteceu durante o seu dia que levou a essa emoção? Qual parte do seu corpo está reagindo a essa emoção, o que seu corpo está sentindo? Ao observar suas emoções, você pode percebê-las em um novo ângulo e pode responder de maneira mais positiva a uma situação inesperada.
É importante não rejeitar nenhuma emoção, mesmo que seja desconfortável. Não existem emoções ruins, pois toda emoção tem uma função. Algumas nos protegem (medo), outras nos dão o impulso para agir (raiva), outras nos fazem ficar introspectivos e refletir sobre algo (tristeza) e outras nos dão momentos prazerosos (alegria).
Por exemplo, se você se sentir frustrado(a) em uma situação de trabalho, em vez de suprimir ou negar essa emoção, reconheça-a e busque entender a origem dessa frustração. Talvez esteja relacionada a expectativas não cumpridas ou a um desafio que você precisa superar. Ao lidar com essa emoção de forma consciente, você pode tomar ações construtivas para resolver a situação.
Outro exemplo é quando você se sente triste em uma situação de perda. Em vez de evitar ou negar essa tristeza, permita-se vivenciá-la plenamente e expressá-la de maneira saudável. A tristeza é uma emoção normal em situações de perda e pode ser um sinal de que você está processando a situação de forma saudável e se permitindo sentir a dor da perda.
Ter consciência e habilidade para gerenciar emoções pode ter um impacto significativo em nossas vidas. Isso pode melhorar nossos relacionamentos, nossa saúde mental e nosso bem-estar geral. Portanto, vale a pena dedicar tempo e esforço para desenvolver nossa inteligência emocional, permitindo-nos compreender e lidar com nossas emoções de forma saudável, construtiva e equilibrada.
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